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A ousadia de viver


O simpático livrinho tem como subtítulo “O guia da sororidade para todas” explica o surgimento do feminismo e pretende derrubar preconceitos que cercam as ações pelos direitos iguais de homens e mulheres. A percepção do perigo de assaltos e ataques sexuais às mulheres existe em quase todas as cidades grandes brasileiras, onde elas constituem o maior grupo de vítimas da violência por gênero. Babi de Souza quer reduzir a lendária rivalidade entre as mulheres, estimulando a amizade a partir de pontos comuns, entre eles a luta pelo respeito ao corpo feminino, uma das bandeiras do feminismo da atualidade, com campanhas que combatem o assédio moral e sexual nas ruas e no local de trabalho.

A guerrilha feminista passa ao largo de Eu digo sim (Rocco, RS 34,50), de Eliza Kennedy, uma divertida chick lit que narra a semana anterior ao casamento de uma advogada de 27 anos, viciada em sexo com desconhecidos. O noivo, um arqueólogo adorável, também dá seus pulinhos, o que desestrutura a protagonista, que vive cercada por mulheres fortes – avó, mãe, duas madrastas e as melhores amigas – e homens charmosos, mas infiéis como ela própria. O romance estreia a Coleção Geração Ha, voltada para mulheres cosmopolitas da atualidade.

Inovação é quase uma característica da Heineken, uma das cervejas mais vendidas no mundo inteiro, que se voltou para o mercado mundial, apostando em marketing e qualidade do produto. A jornalista Barbara Smit conta a trajetória da pequena empresa familiar, fundada em 1864, em Amsterdã, em A História da Heineken (Zahar, R$ 59,90). Além da criação de  fábricas e abertura centros de distribuição em cada continente, a ousadia na fixação da marca com campanhas publicitárias de excelente aceitação, o livro detalha situações mais delicadas, como as negociações para libertar Freddy Heineken, sequestrado junto com seu motorista, em 1983, ou como a empresa conseguiu ser a distribuidora de cerveja para o exército nazista, durante a ocupação da Holanda, na Segunda Guerra Mundial. Depois de escavar registros históricos, Barbara Smit entrevistou diferentes pessoas ligadas à cervejaria, incluindo o lendário Freddy, que conjugou à perfeição seu lado empresarial com a vida de playboy.

Um estilo de vida totalmente diferente de Heineken, mas nem por isso menos admirado é do apresentador de televisão Edward Michael Gryllis, o “Bear” Gryllis, que, aos 40 anos, lança a biografia Lama, suor e lágrimas (Best Seller, R$  49,90). Ex-integrante das Forças Especiais Britânicas, ele lembra algumas das façanhas que lhe deram fama, como a escalada ao Everest, antes de ser astro do reality show À prova de tudo, do Discovery Channel. Inspirado por documentos sobre uma missão capitaneada por seu avô Segunda Guerra Mundial, Grylls também se aventura na ficção literária: o  thriller Voo Fantasma (Best Seller, R$ 42,90), que conta a história de um ex-soldado que  volta à ativa para investigar o local onde nazistas derrubaram um avião, na Floresta Amazônica.