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Moyseis Marques e o jeitão carioca de compor e de cantar


Moyseis Marques também compõe (sambas bonitos) e canta muito – talvez não por acaso, com certo tempo, tempero, palavreado fácil e embocadura sincopada que nos lembra alguns mestres do seu ofício de ontem (Ciro, Ataulfo, Roberto Silva e o bom Geraldo entre eles) e de hoje (aí estão, para confirmar, os cracaços Marcos Sacramento e Pedro Miranda, que com ele já dividiu o palco, numa apoteose a três de arrepiar os cascudos e tirar o fôlego dos incautos). Em meio a grupos de forró e de samba (o Forró na Contramão e o Tempero Carioca entre eles), Moyseis formou a sua turma, desenvolveu como ninguém um estilo, e partiu para a carreira solo já como um profissional azeitado. Nos palcos do Carioca da Gema e do Trapiche, entre outros, encantou admiradores da música brasileira de várias idades, gostos e matizes, espalhou o seu nome e, em 2007, lançou um CD de altíssimo nível que trazia na capa, além de seu nome e competência, arranjos seguros do imbatível Paulão 7 Cordas. Com a carreira consolidada e a admiração irrestrita da turma que manja do assunto, Moyseis Marques figura hoje entre os grandes nomes do samba que se faz no Rio e no Brasil. E, seguramente, ainda vai muito mais longe.