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UM BEIJINHO DOCE E TRISTE PARA ADELAIDE


"Em 1939, aos oito anos de idade começou a aprender acordeom. Com 15 anos, foi indicada pelo compositor Irani de Oliveira para participar do Programa Papel Carbono apresentado por Renato Murce na Rádio Clube do Brasil fazendo imitação do sanfoneiro e cantor gaúcho Pedro Raimundo."

Link do verbete de Adelaide Chiozzo no Dicionário Cravo Albin da MPB: http://dicionariompb.com.br/adelaide-chiozzo/biografia


A morte de Adelaide Chiozzo, hoje, enluta não apenas o Instituto Cultural Cravo Albin, seus pesquisadores e seu Presidente. Cobre de tristeza, na verdade, toda a música popular de uma era, a Era de Ouro da radiofonia e do respeito aos ídolos amados pelo Brasil.


Adelaide fez-se muito famosa por ter participado de vários filmes nacionais, chamados pejorativa e injustamente de chanchadas. Dizemos isso porquê os filmes musicais dos anos 50 abriram o mercado exibidor para o cinema brasileiro, constituindo-se num dos pilares de tudo o que ocorreu posteriormente, inclusive o cinema novo, que, aparentemente o negava, via nele a abertura de bilheteria.


Adelaide foi grande amiga do nosso Instituto, frequentando os saraus, onde chegou a cantar inúmeras vezes. Além de receber a comenda máxima do ICCA, o diploma Ernesto Nazareth. A cantora, sempre lembrada pela dupla feita com a estrela máxima do filme musical Eliana, também participou no famoso show Cantoras do Rádio, escrito e dirigido por mim, com repercussões e exibições continuadas por mais de cinco anos, em todo Brasil, ao começo do século XXI.


Não à toa, senão sentidamente, verto daqui uma lágrima para minha querida Adelaide Chiozzo, ser humano luminoso, sempre feliz, sempre disposta a colaborar com os amigos.


Ricardo Cravo Albin.
Presidente do Instituto Cultural Cravo Albin.