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A ORIGEM DO NOME “LARGO DA MÃE DO BISPO”

foto: Augusto Malta


O Largo da Mãe do Bispo, atual Praça Floriano, na Cinelândia, é um dos pontos emblemáticos do Rio de Janeiro como referência histórica-arquitetônica da cidade.


O espaço ganhou o nome “Largo da Mãe do Bispo” em homenagem a Ana Teodoro Ramos de Mascarenhas, mãe do Bispo José Joaquim Justino Mascarenhas Castelo Branco.


Entre 1731 e 1805 Ana Teodoro Ramos de Mascarenhas morou em um casarão onde hoje é a Cinelândia. Neste mesmo local também situava o Convento de Nossa Senhora da Conceição da Ajuda, fundado em 1750, na confluência das ruas Evaristo da Veiga e 13 de Maio. Quase em frente ao convento ficava o Seminário São José, fundado em 1739, nas encostas do Morro do Castelo, onde hoje se encontra a Biblioteca Nacional.


O casarão em que residia Ana Teodoro, conhecido como “Casa da Mãe do Bispo” era muito procurado devido ao prestígio que a proprietária possuía junto à população, chegando até a exercer a função de juíza em vários tipos de pendências e desentendimentos. Deste modo cunhou-se na época a expressão “Vá se queixar à mãe do bispo”.


Após a demolição do seminário, dando lugar à Biblioteca Nacional e diversos edifícios no lugar do convento, a “Casa da Mãe do Bispo” deu lugar ao “Largo da Mãe do Bispo”, depois renomeado Praça Floriano.


Desta forma, Ricardo Cravo Albin presta uma singela homenagem a esta personagem do Rio de Janeiro nomeando este platô “Largo da Mãe do Bispo”, situado na Pedra da Urca, onde também existiu uma tribo tupi que chamava de “pau-nd-açuquã” (morro isolado e pontudo), a grande pedra que em português ganhou o nome de Pão de Açúcar.


Euclides Amaral (poeta-letrista e pesquisador de MPB)