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Às vezes pensando


Somos como formigas? Não sei não.

Creio que as formigas são mais solidárias do que nós. Por que  tanta agonia? Por que tanto corre-corre?

O que acontece que às vezes nem olhamos para os lados, para o semelhante? Por que só vivemos as nossas determinações e mais nada?

Todo o sistema social vigente creio que está podre. Se nada funciona, por que não forçamos a mudança?

Será que temos que levar uma vida conformada com tantas barbaridades o tempo todo frente aos nossos olhos?

Como manter-se íntegro num tempo totalmente dissolvente?

Diariamente, penso, pensamos: o tão cantado futuro se vislumbra aos nossos olhos como se já totalmente estilhaçado. O que fazer?

Se somos humanos e não gigantes, por que construímos tantas barreiras, tantos códigos desgastados?

E ficamos a endeusar e incensar o já tão fraquejado sistema geral de coisas?

O mundo está doente. Doente de tudo. O que parecia uma pequena irritação na sua pele se alastrou pelo corpo social inteiro e se já era difícil agora está quase impossível.

Perceber isso é sentir a asfixia contemporânea do presente. Andando de um lado para outro dentro do meu loft, falando para as paredes essas angústias, percebo que minha liberdade, a nossa liberdade, está ameaçada.

Você já pensou sobre isso? Aumento o som, a todo volume e caio na dança. Tento acender a luz do mundo.

Mesmo que não dê em nada é preciso sempre agitar algumas. Viva a vida!