Loading...

Crônica Aberta


Os fatos chegando. O dia nascendo. A vida e seus percalços. Não interessa a ninguém ser ninguém. Pra que tantas guerras, tantas desavenças? Um dia a vida acaba... Pertenço a raça dos que fazem a terra tremer... O que escrever? O que fazer? A porta da casa do poeta é a porta da casa do poeta. Se aprende alguma coisa do sofrimento? Fazer o que? Continuar na estrada até o infinito, até não puder mais. Alguma coisa tem que acontecer na face do planeta. Uma estrela aparecerá tremendamente luminosa? O que sobrou da rosa branca que foi estraçalhada pelo automóvel em alta velocidade nesta manhã cinzenta? A senhora de meia idade abandonou seu colar de pérolas verdadeiras no banco traseiro do táxi. Dia nublado nesta ilha de edifícios. As direções são várias: norte sul leste oeste entre cavalos e cowboys. Um caudaloso riacho de esperma desce pela avenida enlouquecendo a imagem do vídeo em construção. Lápis, tênis, relógios, computadores, jeans e guitarras na cama depois que a mala foi desfeita. Sombras no teu rosto na hora da foto. Beijos na boca, sol do meio dia, floresta. Pássaros sobrevoam a cidade. Luar nas gôndolas. Romântico trovador no design dos canais de Veneza. Ruas mal iluminadas, animais a pastar nos campos imensos. O cantor pensa que pensa com seu canto. Que quartos imundos são estes desta casa abandonada? Os refletores são variados e intensos agora na hora do pega pra capar. Fim de tarde. Rasgue a máscara. Deixe o sol entrar . Nada melhor do que o amor. Nada.