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Cedo nada acontece


Por que ninguém diz nada? Por que ninguém grita? Pergunto eu ao tempo caminhando pelas ruas da cidade. O silêncio é absoluto. Não chega a incomodar pois é sonolento demais para ser verdade. As ruas me dão a leitura e compreensão melhor da vida e do mundo. Não ser escravo da informática. Lidar com informação de um jeito livre, brincalhão e interativo. Fico vendo crianças vivendo nas ruas como ratos. O que será delas? Vivendo nessas circunstâncias, se drogando, comendo restos do que sobrou, o que será delas?Ninguém se comove. As autoridades não dão a mínima e assim passam-se os dias e vamos engolindo gato por lebre. Será isso certo?Me revolto e sigo adiante. Caminhando e pensando: viver todas as facetas da vida. Como gente mesmo. No meio. Junto.

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Com a força da mente, lutando para que o desespero não tome conta de mim, não me jogue no chão. Ficar atento às correntes mutantes do tempo, aos invejosos que chegam como discretos e aos poucos mostram o que são. Ficar atento e não esmorecer. A liberdade aparece na contradição... e a pergunta vai e volta na minha cabeça e em todo o meu ser: como manter-me íntegro num tempo totalmente dissolvente?

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