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“Bruno Dunley – Pequenas Alegrias”

foto: Flávio Freire / divulgação


Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de convidar para a abertura de Pequenas Alegrias”, com 20 trabalhos inéditos de Bruno Dunley, no dia 18 de abril de 2024, das 18h às 21h, com curadoria de Pedro França. As obras em Pequenas Alegrias” são resultado de um ano de trabalho de Bruno Dunley, um dos expoentes da nova e preeminente geração de pintores brasileiros.


A adoção de pinturas em formato reduzido é um dos principais eixos da exposição. Depois de explorar os grandes formatos durante sete anos – mostrado em duas individuais, em 2020 e 2023 – Bruno Dunley se volta para trabalhos em menores dimensões. A pesquisa com materiais pictóricos e suas propriedades – muito também em função da Joules & Joules, a fábrica de tintas a óleo artesanais fundada em 2020 por ele e seu amigo e também artista Rafael Carneiro – o levaram a pensar em novas soluções plásticas e pictóricas para seus trabalhos.


“Após as exposições com telas de três metros por dois metros e pouco, senti a necessidade de experimentar mais as soluções pictóricas, por causa dos materiais e meios que estavam entrando no meu pensamento, no meu cotidiano, por conta da Joules”, conta. “Daí, surgiu a ideia de fazer pequeno, para eu poder testar soluções, e chegar mais perto das coisas de uma forma mais rápida”, diz.


O pequeno formato possibilita um aspecto mais fluído e experimental na concretização de seu pensar artístico. Nas palavras do artista, existe um forte componente “desenhístico” nessas novas pinturas. Esse aspecto não se dá apenas em função de seu caráter experimental, mas também pela leveza, agilidade e gestualidade que esse formato possibilita.


Ainda que sejam trabalhos inéditos, as obras presentes em Pequenas Alegrias” revisitam momentos anteriores da trajetória de Bruno Dunley: “Em 2014, durante uma viagem para a Serra da Capivara, deparei com uma série de desenhos e pinturas rupestres realizados pelos primeiros habitantes do lugar. Ainda que fossem anteriores ao próprio conceito de arte e extremamente simples, eram carregados de significados, e fundamentais para organizarem o imaginário de um grupo. Naquele momento [estes desenhos] tiveram influência em minha poética e, agora, voltam a ser revisitados”.


Bruno Dunley ressalta também o fato de que, ainda que se tratem de trabalhos diminutos, estes são repletos de detalhes, tanto de natureza temática, como elementos figurativos, resquícios de paisagens e seres reduzidos a formas essenciais, até elementos de natureza técnica, como sutis gradações tonais e elementos táteis.


SOBRE BRUNO DUNLEY

No universo pictórico de Bruno Dunley (1984, Petrópolis, Estado do Rio; vive e trabalha em São Paulo) promessas são constantemente feitas e quebradas, distendendo os limites da visualidade. Seu trabalho explora a pintura apenas como técnica de figuração expressiva, mas busca refletir sobre a própria especificidade do meio, principalmente no que diz respeito à sua materialidade e função representativa na tradição artística. Dunley é um dos expoentes da nova e preeminente geração de pintores brasileiros e um dos fundadores do Grupo 2000e8. O coletivo de jovens artistas foi criado em São Paulo devido ao interesse compartilhado pela pintura e pela vontade de desenvolver um pensamento crítico sobre a técnica na contemporaneidade.


O processo de Dunley parte de composições rigorosamente construídas que passam por correções e alterações graduais e cuja função é revelar as lacunas e lapsos da percepção visual. Frequentemente, uma única cor predomina na superfície, o que pode sugerir um estilo minimalista, capaz de gerar uma postura meditativa diante do trabalho. Contudo, há a busca crescente por configurações mais agressivas, expressivas e contrastadas por cores vibrantes. Em sua prática, a temática é sempre dúplice: o artista pinta influenciado pelo encontro com imagens cotidianas, assim como pelo estudo aprofundado do campo pictórico. Ambas convergem, porém, no uso pronunciado dos códigos dessa linguagem. Gestos, planos e cores fazem a representação emergir mais como um alfabeto, um território comum, em que o processo de feitura sempre está presente. De fato, essa é a busca de Dunley: a de uma sensibilidade comum, disseminada.



Serviço:

Abertura: 18 de abril de 2024, das 18h às 21h

Com a presença do artista

Até: 1º de junho de 2024

Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro

Rua Redentor, 241, Ipanema
Segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábado, das 11h às 15h

Telefone: 21 3591 0052
info@nararoesler.art