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As dores de Maradona


Por isso, quando Diego Maradona por lá esteve até março último, interno em uma clínica de recuperação, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais decidiram dar-lhe total liberdade de ação como parte do tratamento.Item 1 da terapia libertária: o paciente poderia tudo, inclusive andar nu por alguns setores da clínica, tomar banho de sol, namorar com a linda Adonay Fruto, de 30 anos e cheirar cocaína até fartar-se. Sem qualquer constrangimento o ex-craque deu início ao “tratamento” com um pires de cocaína, fez uns passos de tango e, exausto, estendeu-se de braços abertos na cama, deixando que Fruto o cavalgasse, romanticamente. O que Maradona não esperava: alguém gravou um vídeo que, mesmo de péssima qualidade, chegou ao jornal sensacionalista mexicano – “Récord” – e, assim, em plena Olimpíada de Atenas, ele terminou, novamente, envolvido num escândalo que determinou seu retorno à Clínica del Parque, na Argentina e, o que era pior: longe de Adonay. Logo que conseguiu falar com os jornalistas, disse: se não pudesse retornar a Havana, deixaria de comer e tomar os remédios.A vontade de Maradona tem de ser atendida. Mês passado os médicos argentinos terminaram por entender que somente em Cuba, onde a medicina alcançou altíssimo grau de desenvolvimento, ele poderá fazer tratamento adequado.Para quem não lembra, Diego Maradona tornou-se famoso ponta-esquerda no futebol argentino, a partir de 1960. Destacou-se na Copa do Mundo de 1986, levando a Argentina a vencer o campeonato. Mais tarde, no Nápoli, terminou sendo preso (1991), por posse e uso de cocaína. Em 1994, de volta à Argentina, integrou a Seleção que disputaria a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Flagrado em rumoroso caso de antidoping terminou excluído da competição, o que marcou o iníciodo seu calvário.