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Antônio Torres
Escritor. Tem mais de 14 livros publicados, muitos traduzidos para vários países, como “Essa terra” e “Um táxi para Viena D’Áustria”. Um dos mais importantes autores da sua geração, o baiano Antônio Torres ganhou o Prêmio Zaffari & Bourbon pelo romance “Meu querido canibal” e o Prêmio Machado de Assis, da ABL. Colaborou na versão impressa a partir do nº 9.

Biscoitos finos

Nesta praça se acha um disco intitulado El negro del blanco. É um breve contra o estresse provocado pela poluição sonora, em uma era cheia de som e de fúria, significando nada. Ouça. O senhor Paulo Moura e um rapaz chamado Yamandú Costa estão tocando. Não é apenas um diálogo afetuoso entre um clarinetista calejado, consumado, consagrado, e um violonista jovenzito, que domina suas cordas como quem alisa um poltro indomável nos pampas.  Eles parecem nos dizer que, em meio a esta realidade de violência ameaçada pelo caos, ainda há espaço e tempo para delicadezas. Ou por outra: para uma arte que o modernista paulistano Oswald de Andrade chamava de biscoito fino. No ideário daquele poeta, romancista, dramaturgo e agitador da cena artística dos anos vinte do século passado, era isso o que todo artista tinha que servir às massas.

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EMERJ Cultural

Está sempre acontecendo alguma coisa imperdível na EMERJ. O quê? Onde? Como? Quando? Calma aí. Estamos aqui para dar o serviço.

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Entre menores e melhores

Encontra-se nas livrarias da cidade um simpático volumezinho intitulado Os cem menores contos brasileiros do século. Trata-se de uma brincadeira com a antologia do Ítalo Moriconi, Os cem melhores contos brasileiros do século, que virou best-seller. A ideia foi de Marcelino Freire, um pernambucano radicado em São Paulo, que desafiou cem escritores a escreverem uma história de até 50 letras. E, inteligentemente, convidou Moriconi para escrever o microprefácio.

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Algo além dos cartões postais

Foi no cinema que vi o Rio de Janeiro pela primeira vez. Pelo menos era o que um homem, surgido misteriosamente num dia de feira, dizia chamar-se a minúscula engenhoca que ele portava numa das mãos, na verdade um projetorzinho de slides. Mesmo assim, para aquele lugar esquecido nos confins do sertão da Bahia, a novidade era extraordinária. Por dez tostões, podia-se ver imagens de perder a respiração, anunciava o detentor do invento espetacular: “O Rio de Janeiro! O Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o mar, Copacabana, mulher bonita... e de maiô!”

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Dois encontros com Glauber

Gênio ou doido? Agora que o transformaram em personagem mitológico, recordo que o vi de perto (e por duas vezes!) e ele se comportou como uma pessoa normal. Foi em São Paulo, no lançamento lá de Deus e o Diabo na Terra do Sol. Ano: 1964.

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