Redescobriram o Nelson Rodrigues (como se ele precisasse ser redescoberto) e passaram temporadas seguidas criando, recriando, destruindo, abusando, fazendo do Nelson tudo o que lhes passava pela cabeça, e quase sempre não merecendo o Nelson e, o pior, não realizando nem a metade do grande potencial de Nelson.
Alfred Hitchcock, célebre como criador de um tipo diferente de suspense, diretor de filmes inesquecíveis como Vertigo, Janela indiscreta, Festim diabólico, Intriga internacional, Frenesi, 39 degraus e Sabotage, era também um irreverente, um observador um tanto ou quanto cínico em relação a atores e, principalmente, atrizes.
No nosso artigo do mês passado, falamos da paixão pelo cinema francês, paixão que começou aos 16 anos, em 1939. Por causa disso, fomos a cineclubes e agora, com o vídeo mostrando toda a história mundial do cinema, até mesmo filmes dos anos 20 temos visto. Temos então a consciência de que o filme francês tem no seu time de diretores alguns dos maiores cineastas da história do cinema. Falamos de Jean Renoir (revemos em vídeo filmes mais antigos, jóias de uma poesia cinemática. De Renée Clair (fomos ver obras primas de comédia Chapeau de paille d”Italie, Le Milliom, Sous dês toits de Paris), de Marcel Carné e de Julien Duvivier, alguns filmes que ainda estão na nossa memória e na nossa emoção de espectador.
Eu morava em Vila Isabel. Estávamos em plena segunda guerra mundial. Em 39, eu tinha 16 anos, já era apaixonado por cinema, mas cinema europeu e, especialmente, cinema francês, conhecia pouco.