Desde o dia em que um Rio passou em nossas vidas – e lá se vão quase quatro décadas – que nunca mais conseguimos viver sem ouvir Paulinho da Viola. Viemos com ele, de lá para cá, chorando e cantando, gemendo e dançando, no mar que nos navega ou nos sinais fechados.
O grande melodista da MPB, que se descobriu também um cronista delicioso e agora letrista cuidadoso e inspirado, escreveu os versos de uma canção chamada “Vida da minha vida”, musicados por Sereno e presentes em seu mais recente CD, Batucando:
Carnaval se aproxima. Tirando colete do Bola Preta e a camiseta do bloco do Bip Bip do armário, lavando o vasilhame e esquentando o tamborim, me lembro de um dos maiores símbolos do carnaval brasileiro, um carioca que aniversariou no mês de janeiro: Lamartine Babo. O sorriso franco e o bigodinho insinuante não negam: ele fez de tudo um muito, e sempre muito bem feito, pra lá e pra cá, trá-lá-lá, seu Lalá.
Essa crônica é baseada em outra crônica, que vem a ser, por sua vez, inspirada em um livro. Não é um plágio, é antes uma declaração de encanto pelo tema desenvolvido pelo jornalista Gilberto Dimenstein, em texto publicado dia desses na Folha em que escreve. Mostra-nos a relação entre uma educadora, chamada Dagmar Garroux, e uma menina já mocinha, sem horizontes nem perspectivas, moradora de uma favela na Zona Sul de São Paulo.
Esta nossa homenagem de quase fim de ano é para um grande nome da música instrumental brasileira, gênero que merece o maior apreço. Trata-se do brasileiro internacionalíssimo Egberto Gismonti, nascido no dia 5 de dezembro de 1947.