Loading...
luis-pimentel
Luís Pimentel
Jornalista e escritor. Além de trabalhar na revista “Mad do Brasil” e em jornais como “O Pasquim”, “O Dia” e “Última Hora”, o baiano Luís Pimentel é autor de livros dedicados aos públicos adulto e infantil e das biografias de Wilson Batista e Luiz Gonzaga. É o criador da revista digital “Música Brasileira”. Colaborou na versão impressa a partir do nº 2 e continua a colaborar no site.

Se não me falha a memória

     Os compositores João Nogueira e Paulinho Soares arrematavam uma pérola carnavalesca para o Clube do Samba no restaurante Alcazar, em Copacabana, onde o bloco hoje desfila (à época, foliava na Rio Branco). Lá pras tantas João se levantou para ir ao banheiro, quando casal na mesa próxima o reconheceu:

leia mais

Ismael, amigo do Nestor e do Antonico

Ele nasceu do outro lado da Baía de Guanabara, em Niterói, no comecinho do século passado (14 de setembro de 1905). Estaria agora fazendo 110 anos. Mas é filho legítimo do Estácio de Sá, bairro do Rio de Janeiro que hospedou grandes sambistas e onde nasceu, em 1928, a primeira escola de samba, a Deixa Falar. O Estácio, aonde Ismael Silva chegou aos três anos de idade, já era reduto da malandragem, da cultura negra e do samba. Estava pertinho da Praça Onze; portanto, perto de Tia Ciata, de Donga, de João da Baiana, de Sinhô e de tantos bambas e bambambãs. 

leia mais

Candeia 80: samba e resistência

“Hoje é manhã de carnaval/Há esplendor/As escolas vão desfilar garbosamente/E aquela gente de cor/Com a imponência de um rei/Vai pisar na passarela”. (Dia de graça) Antonio Candeia Filho é samba e resistência. Um dos maiores nomes do samba, nasceu em 1935 (17 de agosto) e morreu em 1978 (dia 16 de novembro). Viveu apenas 43 anos, mas criou intensamente e deixou uma obra e uma história de vida que só enchem de orgulho seus pares e seus seguidores. Mito da resistência cultural brasileira, começou a fazer músicas ainda na adolescência, por inspiração caseira. Seu pai tocava flauta e carregava o garoto para as rodas de samba e de choro que ferviam em Oswaldo Cruz e Madureira. Virou compositor da Portela e, em 1953, antes de completar 18 anos, viu sua gloriosa agremiação de Madureira desfilar com um samba­enredo de sua autoria, As seis cartas magnas.

leia mais

Cretino, o destino

Pedrão tinha uma mulher em Copacabana – onde trabalhava como garçom em hotel de luxo – e outra no Estácio. Pegava bem cedo no trabalho, saía logo depois do almoço e passava o resto da tarde e comecinho da noite na Sá Ferreira com Edite. Dizia ser impossível dormir com ela porque morava com a mãe doente, a quem só ele dedicava cuidados. 

leia mais

Deslumbre

Era uma noite entrando no dia que nem a lagarta de fogo nas folhas, devoradora.As irmãs chegaram das lojas no comércio onde trabalhavam e ligaram o rádio no programa Ronda Policial. Os irmãos chegaram do batente no bar onde cozinhavam, lavavam e serviam. Ficaram olhando para o tempo, um assoviando pro passarinho e outro coçando a cabeça do cachorro, enquanto as irmãs coavam café e faziam beiju de tapioca para elas e o irmão pequeno. Os maiores sempre comiam umas besteiras qualquer no trabalho, sobras do balcão, por isso já chegavam correndo para o banho.

leia mais

Mais lidas

Blog-post Thumbnail

O assessor