Para a compositora Alzira E (Espíndola) e para o poeta Arruda, arte é concisão. Assim, tudo é rico quando um mais um é igual a menos – menos de um muito mais. Tudo a menos para o todo ser a mais – demais de bom da conta. Ademais, tudo é o pouco que não soçobra e torna a canção mais intensa. Impossível haver jeito melhor; improvável mais musicalidade que diga tanto com o menos escolhido por eles para tudo o mais retratar.

Raul Ellwanger (lê-se “elvanguer”) é um músico gaúcho. Mais do que isso; é um cara que não se contenta com pouco. Mais ainda, um sujeito que se aprimora em cada coisa que faz, tantas... Agora mesmo, entre uma sessão de gravação e outra, dedica-se às bromélias e ao mar que banha seu pé de terra lá pelas bandas praieiras de Santa Catarina.

Cristina Buarque é uma das maiores personalidades do samba carioca. Sem precisar de grandes esforços, ela tem no sangue o ritmo que marca a música brasileira e dá a ela o título de a melhor do mundo, haja vista tanta diversidade, tamanha criatividade.

Saído da dupla Os Mulheres Negras, da qual também participou André Abujamra, Mauricio Pereira não perdeu a verve. Muito menos deixou de lado a musicalidade que lhe dá asas à imaginação. Aqui está ele outra vez, agora com Pra Marte, produção independente distribuída pela Lua Music graças ao patrocínio do Programa Petrobrás Cultural.

Samba sem repique, pode? E samba sem tamborim, sem cuíca ou sem pandeiro, será que pode? A resposta a tantas dúvidas está no CD lançado pela gravadora Zambo O Violão e o Samba: pode! Mas só pode porque os sambas escolhidos para Dorina docemente cantar contam com o violão de seis cordas de Cláudio Jorge e o violão de sete cordas de Carlinhos.