Bem no meio de uma imensa floresta há um fruto. Ele maturou, criou sumo, polpa, consistência. Veio o tempo e recostou-se em sua casca. Veio o pássaro e rodeou-o com seu ninho. Veio a luz e tingiu-lhe de cor intensa. Veio o orvalho e umedeceu-lhe a pele que o sol da manhã tratou de secar e fazer brilhar. Estava pronto o fruto.
Se por um lado é fácil demonstrar o quanto Paulo Moura é singular, por outro faltam termos que revelem tudo o que este músico fantástico diz soprando a palheta de seu clarinete. Há uma nítida vantagem em favor da música, e uma flagrante ausência de palavras que possam revelar o amplo significado musical que Paulo Moura vem sedimentando ao longo das últimas décadas.
O violonista e compositor pernambucano Zeh Rocha lançou Tear (com apoio da Chesf), título que bem traduz sua criação, caso recorramos ao anagrama de “tear”, que tanto pode ser “reta”, quanto “arte”. Arte reta, direta, é o que Zeh Rocha teceu e nos deu para ouvir.
Tetê nasceu Espíndola lá em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Cresceu a mulher cantora, simplificou a vida, e se fez apenas Tetê. Para gravar seu 15o CD voltou à sua terra e fez show. Nasceu e va por AR (selo LuzAzul).
O forró bem que estava precisando de quem o levasse novamente ao lugar de destaque que lhe cabe na música brasileira. Coube a Josildo Sá ser o cara. Forrozeiro popular no Recife, ele demonstra que ainda há muito para se fazer e recriar na música, desde o samba até o forró.
- ← Anterior
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
- 6
- 7
- 8
- 9
- 10
- 11
- 12
- 13
- 14
- 15
- 16
- 17
- 18
- 19
- 20
- 21
- 22
- 23
- 24
- 25
- 26
- 27
- 28
- 29
- 30
- 31
- 32
- 33
- 34
- 35
- 36
- 37
- 38
- 39
- 40
- 41
- 42
- 43
- 44
- 45
- 46
- 47
- 48
- 49
- 50
- 51
- 52
- 53
- 54
- 55
- 56
- 57
- 58
- 59
- 60
- 61
- 62
- 63
- 64
- 65
- 66
- 67
- 68
- 69
- 70
- 71
- 72
- 73
- 74
- 75
- 76
- 77
- 78
- 79
- 80
- 81
- 82
- 83
- 84
- 85
- 86
- 87
- 88
- 89
- 90
- 91
- 92
- 93
- 94
- 95
- 96
- 97
- 98
- 99
- 100
- 101
- 102
- 103
- 104
- 105
- 106
- 107
- 108
- 109
- 110
- 111
- Próximo →