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Antônio Torres
Escritor. Tem mais de 14 livros publicados, muitos traduzidos para vários países, como “Essa terra” e “Um táxi para Viena D’Áustria”. Um dos mais importantes autores da sua geração, o baiano Antônio Torres ganhou o Prêmio Zaffari & Bourbon pelo romance “Meu querido canibal” e o Prêmio Machado de Assis, da ABL. Colaborou na versão impressa a partir do nº 9.

Biscoitos finos

Nesta praça se acha um disco intitulado El negro del blanco. É um breve contra o estresse provocado pela poluição sonora, em uma era cheia de som e de fúria, significando nada. Ouça. O senhor Paulo Moura e um rapaz chamado Yamandú Costa estão tocando. Não é apenas um diálogo afetuoso entre um clarinetista calejado, consumado, consagrado, e um violonista jovenzito, que domina suas cordas como quem alisa um poltro indomável nos pampas.  Eles parecem nos dizer que, em meio a esta realidade de violência ameaçada pelo caos, ainda há espaço e tempo para delicadezas. Ou por outra: para uma arte que o modernista paulistano Oswald de Andrade chamava de biscoito fino. No ideário daquele poeta, romancista, dramaturgo e agitador da cena artística dos anos vinte do século passado, era isso o que todo artista tinha que servir às massas.

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Gaetano Donizetti

Eu acho Elixir de amor de Gaetano Donizetti uma das obras primas da ópera romântica italiana. Orquestra sem maiores pretensões, melodicamente a ópera conta da ingenuidade do camponês Nemorino e de sua amada, a mais esperta, mais culta (culta dentro da simplicidade intelectual do mundo em que vivem) Adina, que é antes de tudo, uma fêmea, uma mulher na plenitude de seu poder. Adina não presta muita atenção a Nemorino, até que, aos poucos, começa a aconselha-lo a desistir dela: “seja como eu; cada dia, um novo amor, um namorado novo por dia”. Isso machuca Nemorino cada vez mais, torna-o mais apaixonado ainda. O interessante nessas pequenas óperas cômicas (nesse caso quase uma opereta) é que a sensualidade homem-mulher é muito marcante, embora a aparente ingenuidade de tudo, leva muita encenação a transformar Nemorino e Adina em pessoas quase assexuadas, quando é bem o contrário. Nemorino sabe o que quer: aquela mulher, aquela Adina de olhos maravilhosos, de corpinho esguio, como ele a vê, e como ela, a cantora/intérprete da Adina, deve ser um pouco.  Acho que os olhos de Adina são parte muito importante numa Adina real, crível, a Adina que Nemorino vê e adora. Ela é muito cercada, muito adulada, isso a satisfaz bastante, quase que substitui na sua castidade alguma coisa próxima das brincadeiras sexuais que os jovens de hoje se permitem, enquanto aos personagens de Donizetti segurar a mão já é quase compromisso.

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Outra vez na estrada

Os dias 09 e 10 de julho trouxeram a música dos anos 70 de volta ao palco do Canecão. O trio Sá, Rodrix e Guarabyra, surgido em 1971 e responsável por muitas composições que marcaram presença na MPB, escolheram a famosa casa carioca para lançar seu novo CD "Outra vez na estrada".

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EMERJ Cultural

Está sempre acontecendo alguma coisa imperdível na EMERJ. O quê? Onde? Como? Quando? Calma aí. Estamos aqui para dar o serviço.

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Ingrid Bergman

Ingrid Bergman não teve a carreira que merecia e poderia ter tido. Era uma grande atriz e uma das mulheres mais bonitas que o cinema já teve. Não era só bonita, mas um rosto marcante, no nível dos maiores mitos do cinema, garbo e Dietrich.

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