Cedo nada acontece. As pessoas vão chegando de diferentes pontos para o centro da praça. Uma cuíca SPA, um reco-reco, um tamborim. O baticum começa. A auto-estima se aprontando. Um fogo a se alastra. Os corpos suados ao som da batucada começam a pegar na praça criando uma energia dionísica. Nada pára mais. Os ambulantes trabalhando sem parar. Os passistas e seus malabarismos. Tudo é samba. Tudo é Rio. Tudo é Brasil. * * * * * *

O meu sonho é o dia em que não houver necessidade de: movimento negro, Ministro da Integração Racial e Secretaria para Assuntos Afros no Brasil, o que acontecerá com a inclusão social.

Esse fim de ano tem sido pródigo em bons filmes. O Abraço Partido, argentino, é mais do que recomendado. Filme que fala de velhas mágoas. De perguntas que ficam na garganta. Às vezes, um dia respondidas e criando também uma mágoa maior e uma difícil aceitação / perdão / compreensão. Kill Bill 2. Não é preciso falar. Ou precisa? Alguém não viu? Diferente do primeiro, longe das coreografias dos duelos, agora cenas longas, diálogos cheios de rancor, de um ódio que assusta mais que as mortes em penca do primeiro Kill Bill. E quando a violência irrompe, é mais séria ainda, menos espalhafatosa, menos efeito, talvez, mas mais profunda, com certeza.

Em Cuba, mais que entre nós outros, o ditado – “quem já foi rei não deixa de ser majestade”–, é levado ao pé da letra.

ATENDENDO A PEDIDOS PARA MATAR A SAUDADE DO NOSSO QUERIDO COLABORADOR, DECIDIMOS REPUBLICAR ALGUNS DE SEUS TEXTOS SEMPRE ATUAIS E ESCRITOS EXCLUSIVAMENTE PARA O ENTÃO JORNAL IMPRESSO ACONTECE NA CIDADE.BOA LEITURA.