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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

O combate às crises da existência

A temporada de férias começa e é o momento de se refestelar na rede para botar a leitura em dia. Quem considera os livros gêneros de primeira necessidade já fez seu estoque para a virada do ano. Apesar da flagrante redução nos lançamentos, novas edições de  marcos literários ainda fazem a festa do leitor, como a que comemorou os 80 anos de Vidas Secas (Record, R$ 69,90), de Graciliano Ramos.  O volume traz, além do texto integral, o manuscrito original com as emendas escritas por Graciliano, que, diz a lenda, a cada nova edição cortava mais um pouco da saga da família de retirantes nordestinos que busca sobreviver em face da seca.

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Natal de muitas leituras

Agora que dar livro virou moda natalina, esta coluna, vanguardista que só, lembra que livro nunca foi presente, mas gênero de primeira necessidade. Só procuramos motivos que justifiquem adquirir mais um. E o Natal é um deles. Então,  vamos à derradeira e breve lista de sugestões natalinas!

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Lista de Natal para aliviar o calor tropical

O calor carioca se apresenta em toda a sua glória. Uma amiga avisa que está na praia, bebendo cerveja e lendo A amiga genial (Biblioteca Azul, R$ 37,72), de Elena Ferrante, enquanto desbravo, sob o ventilador, hesitando entre deixar a leitura e trabalhar, Assombrações (Todavia, R$ 37,72), de Domenico Starnone.  O autor, que já ganhou o maior prêmio literário italiano, o Stregha, em 2001, tem o mesmo estilo arrebatador de Ferrante, pseudônimo que esconderia a tradutora Anita Raja, casada com Starnone. Há alguns anos, Starnone foi apontado como quem estaria por trás dos títulos assinados pelo fenômeno de vendas e crítica até uma investigação jornalística chegar a Anita Raja, cruzando dados do imposto de renda para comprovar a compatibilidade do aumento de patrimônio do casal com o sucesso da Tetralogia de Nápoles.

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Campanha de Natal

A partir da falência das duas maiores redes de livrarias do País, o editor Luiz Schwartz, da Companhia das Letras, lançou um apelo para a compra de  livros como presente de Natal. A campanha, para muitos, denuncia a indiferença do brasileiro pelo livro. No entanto, as editoras, mesmo quando se escudavam nas compras do governo,  buscaram cativar seu público,  dando formato de luxo aos romances picantes  vendidos em bancas de jornal e às aventuras de cavaleiros em luta contra o mal, por vezes montados em dragões, com auxílio de elfos e fadas.

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A inadequação sob o colonialismo

As cores – vermelho e verde - da bandeira portuguesa se mesclam a uma estampa e à fotografia de uma menina de tranças louras, carregando um cachorro no colo, o olhar sorridente num rosto cujos traços se mostram mais maduros do que infantis, na capa de Caderno de memórias coloniais (Todavia, R$ 33,90). As recordações de Isabela Figueiredo, nascida nos anos 1960, na então Lourenço Marques, hoje Maputo, em Moçambique, são assim entremeadas: falando português e crescendo entre uma população negra que servia aos brancos colonizadores, ela teve que deixar o que chamou de lar em 1975 para aprender a viver num país onde apenas na língua havia alguma referência pessoal.

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