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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

O sexo, a cidade e o escrevinhador

Política e sexo, particularmente em relacionamentos pouco convencionais, são temas recorrentes na obra do peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura 2010, que, aos 80 anos, comprova seu domínio da narrativa ficcional contemporânea com Cinco Esquinas (Alfaguara, R$ 49,90). Partindo do envolvimento sexual de duas amigas, o romance aborda a utilização da imprensa sensacionalista pela ditadura de Alberto Fujimori, nos anos 1990. Mais do que um mero cenário, a cidade de Lima surge em cada capítulo como um reflexo das transformações do país. 

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Sobre a necessidade da releitura

Quem gosta de ler também se acostuma a responder a séries de perguntas que, geralmente, guardam um tom de dúvida sincera sobre o estranho costume do leitor contumaz que prefere abrir um livro no metrô a se distrair com o celular. Depois de explicar que, sim, aproveito o tempo para ler em filas de supermercado, na condução, na sala de espera do dentista, digo que já li boa parte dos volumes que guardo em casa. E que tenho tantos livros por uma necessidade básica: reler sempre que tiver vontade.

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Leituras olímpicas

Começam os Jogos Olímpicos no Rio, prontos a invadir nossos corações e mentes. Quem tiver férias, poderá acompanhar as disputas e descansar delas, lendo um pouquinho. Ler não é prática coletiva, não lota estádios. Gera empolgação discreta, solitária, pouco dividida, restrita à alma de cada um. O entusiasmo é genuíno, inebriante como o que empolga as multidões, mas reservado apenas aos que reconhecem e trocam olhares cúmplices ao comentarem suas leituras.

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Fragmentos de vidas ficcionais

Deixar de lado o registro da vida real e criar personagens que parecem saídos do noticiário, fazendo arte, aparentemente sem qualquer cerimônia com a literatura.  Passar dos registros do cotidiano para a criação ficcional é prática comum a jornalistas do mundo inteiro, com excelentes resultados. Alguns deles acabam de despejar nas livrarias pequenas delícias, como Edney Silvestre (ganhador dos prêmios Jabuti e São Paulo de melhor romance em 2010), que em Welcome to Copacabana & outras histórias (Record, R$ 39,90), seu primeiro livro de contos, apresenta personagens calcados em gente comum, que transitam pelo mundo – e por outras galáxias, até – à procura de alento para a dura sobrevivência. Estão lá a viúva forçada pelos filhos a abrir mão de seu apartamento amplo para viver num pequeno imóvel em Copacabana, o menino de rua que tem o poder de curar os feridos apenas com seu toque, a cafetina, as drag queens, as prostitutas, os garotos de programa. Um universo em que as diferenças sociais nem sempre são fronteiras intransponíveis para as amizades que se fortalecem diante das adversidades.

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Os tesouros e a juventude

Os dias frios deste julho me lembram as férias da minha infância, quando eu, filha única criada em apartamento, sem televisão (meus pais eram contra), vasculhava os (poucos) volumes da Coleção Terramarear, da Companhia Editora Nacional. Cobertas de fungos (o papel era de baixa qualidade e os livros – muitos deles traduzidos por Monteiro Lobato, dono da editora - tinham algo em torno de quarenta anos, então),  as páginas traziam aventuras de Tarzan, Buffalo Bill e diversas histórias de Jack London, entre elas A filha das neves e Chamado Selvagem, que comecei a ler a contragosto e, depois, fiquei totalmente arrebatada pelo cão narrador.

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