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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

A imperfeição no feminino

No mesmo dia em que um colunista fala que a presidente da República, Dilma Roussef, deve buscar sua própria erotização, pois, como mulher divorciada, avó e cheia de trabalho pela frente, provavelmente sente falta de uma companhia que lhe dê felicidade sexual, acabo a breve leitura de A mulher perfeita é uma vaca – Guia de sobrevivência para mulheres normais (Intrínseca, R$ 19,90), das francesas Annie Sophie e Marie Aldine Girard.

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Cinderela vive

Arthur Rimbaud lançou sua obra-prima na adolescência e nunca mais escreveu. Nossos poetas românticos, como Casimiro de Abreu e Castro Alves, tiveram vidas breves e trabalhos excepcionais, produzidos na juventude. Outros autores criam belíssimas peças apenas na maturidade, como Henri-Pierre Roche, que depois dos 70 anos de idade publicou apenas duas novelas, Jules e Jim (Zahar, R$ 59,90) e Duas Inglesas e o amor, que o tornaram famoso com a adaptação para o cinema por François Truffaut.

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As formulações da literatura

O amor é talvez o principal tema a inspirar a arte. Há quem discorde: a canadense Margaret Atwood defende em Payback – A dívida e o lado sombrio da riqueza (Rocco, R$ 29) que o dinheiro está na frente como mola propulsora da criação em verso e prosa. Mas vamos imaginar, como a maioria das pessoas, que os românticos ganhem a competição. Afinal, a fórmula para que uma história de amor agrade ao público é simples: a moça e o rapaz se conhecem, simpatizam ou não um com o outro, lutam para merecer um ao outro, enfrentam alguns percalços e se entendem no epílogo. Caso contrário, são afastados, geralmente pela morte. Quando as narrativas amorosas seguem modelos menos batidos, tornando palavras tão expressivas quando o encadeamento de fatos, surge uma obra de arte, no teatro, no cinema, na música, na pintura, na literatura.

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O romance do jornalismo

Jornalista não é romancista, nem jornalismo um dos temas favoritos dos romances. Enquanto o cinema tem verdadeira obsessão por jornalistas, a literatura, a despeito de ter tantos autores que vivem do jornalismo, prefere deixar a categoria de lado. Até se entende por quê.  Jornalista é um personagem sem vida própria, cuja função é contar as histórias dos outros.  

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Literatura medicinal

Entre o teclado e a tela de meu computador alinham-se três caixas de colírios, um sachê de sal de frutas, uma caixinha de remédios com medicamentos contra enjoos, hipertensão, asma, um antialérgico e um analgésico. Se não estiverem em frente a mim, esqueço de tomar. Horários, então, não cumpro nem com antibióticos. Envelheço revoltada contra as mazelas que acometem meu organismo. E sei que, saudável ou não, jamais terei um pingo do brilhantismo de gente que vivenciou a doença como elemento criativo.

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