Fenômeno de vendas com Ágape (Globo, R$ 10,90) e Kairos (Principium Editorial, R$ 11,90), livros de orações que venderam mais de 10 milhões de cópias só no Brasil, o padre Marcelo Rossi ganha, agora, duas biografias assinadas por jornalistas. Padre Marcelo Rossi – a superação pela fé (Panda Books, R$ 21,50), de Edison Veiga, teve tiragem inicial de quinze mil exemplares. Já para o lançamento de Padre Marcelo Rossi – Uma vida dedicada a Deus (Best Seller, R$ 21), de Heloísa Marra, o Grupo Editorial Record vai distribuir por pontos de venda concretos ou virtuais nada menos do que 250 mil cópias.
O primeiro livro de autoajuda que li chamava-se Como sobreviver a um amor perdido. Ainda não tinha nem idade para perder amores, mas, curiosa com o título, folheei algumas páginas e me interessei pela forma como ele se organizava. Ri muito com a lista de afazeres que os autores, três médicos americanos, recomendavam ao leitor, junto com testes e informações sobre a graduação de dores e perdas pessoais. Acabo de descobrir que o livro vendeu três milhões de exemplares no mundo e que edições brasileiras mais recentes traduziram o título por Como sobreviver à perda de um amor (Sextante e Editora Crescer, só em sebos, entre R$ 8 e R$ 15). Prefiro o anterior, mais poético.
Durante onze dias, 676 mil pessoas fizeram a festa no Riocentro, comprando, cada uma, em média 6,6 livros. A Bienal do Livro do Rio de Janeiro sempre foi uma grande festa da indústria, que prestigiou os jovens leitores – a faixa etária de 56% do público estava entre 15 e 29 anos. Eram meninas e meninos com malas de rodinha, comprando tudo quanto é aventura de zumbi, diário de princesa, registros de garotos pré-adolescentes tentando virar gente grande e quadrinhos, enquanto os adultos se acabavam nos livros para colorir. Um evento comercial, destinado a venda de livros “baixo nível” para muitos, mas que sustentam o mercado, lembra a editora literária literatura do grupo Autêntica, Maria Amélia Mello, à frente do projeto que lançou Autobiografia poética e outros textos (Autêntica, R$ 44,90), do poeta Ferreira Gullar.
A Bienal do Livro é movimenta o Rio de Janeiro há alguns anos. Vai à Bienal não apenas quem gosta de ler. Posso até apostar que, ao contrário, a maioria dos visitantes nem liga tanto assim para leitura, mas quer passear e, até, quem sabe, comprar um livro.
Um olhar desdenhoso, cabelos desarmados, roupas que se veem nas calçadas de qualquer grande cidade. Tudo isso envergado por uma jovem magrela e de beleza não tão estonteante assim mudou o mundo da moda, segundo a jornalista americana Maureen Callahan, autora de Champagne Supernovas (Rocco, R$ 34,50). Os anos 90 carregaram as ruas para as passarelas, aproximando a realidade dos cenários oníricos criados nos desfiles de moda, renovando o conceito de glamour.
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