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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

Sobre a violência de cada dia

Nos Estados Unidos, dois terços dos jovens negros e 40% dos hispânicos já sofreram violência ou perseguição por policiais. Sobreviver diante desta realidade duríssima é o que os pais de Starr, protagonista de O ódio que você semeia (Galera, R$ 39,90), de Angie Thomas,  ensinam à filha quando ela tem doze anos: se abordada por um policial, a menina deve deixar as mãos à vista, não fazer movimentos bruscos e falar somente caso seja interpelada. Quatro anos mais tarde, um amigo que não segue as mesmas recomendações é executado a tiros por um policial, em frente de Starr, cuja saga fictícia se baseia no cotidiano comum à população pobre e discriminada de grandes cidades – e não apenas nos Estados Unidos.

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A Flip da crise e dos sonhos

Uma celebração da literatura, a Festa Literária de Paraty (Flip) nunca foi planejada para movimentar a indústria do livro.  Incentivo à leitura e proliferação de eventos similares em todo o país foram os frutos colhidos pela Flip, que chega a seu décimo quinto ano financiada por apenas um grande patrocinador (o banco Itaú), que reduziu seu investimento a cerca de metade dos recursos destinados à festa em 2016. 

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Histórias de uma moça bem-comportada

Há 200 anos, morria Jane Austen. Solteirona, provinciana, muito mais do que uma contadora de histórias de amor bonitinhas, ela deixou observações perspicazes e ferinas sobre a vida de pequenos e grandes proprietários de terras, aristocratas ou não, no início do século XIX, na Inglaterra. Reconhecida pelos especialistas em literatura como uma das renovadoras do romance, há pouco mais de vinte anos Jane Austen virou objeto de culto, principalmente entre as mulheres jovens e românticas, parecidas com as que ela sempre retratava com extrema ironia.

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Mudanças físicas, orgânicas, culturais

Desafio às alergias, arrumar livros para mudanças – de casa, de vida, de estantes – propicia um doce encontro com momentos vividos, porém nem recordados.  Antes de dar um novo destino à velha edição de Amar, verbo intransitivo (ganhei o box da Nova Fronteira que tem ainda  Macunaíma e Contos Novos, e sai tudo por R$ 59,90), folheio o volume, que será substituído por um novo, na prateleira. Agarrado à orelha, uma carta de minha tia Vilma a meu pai, na expectativa de nossa viagem de férias para Florianópolis em abril de 1964. Não sei qual foi a resposta de meu pai, mas a viagem foi adiada. Em 1º de abril de 1964, estávamos no Rio de Janeiro. Eu tinha apenas 3 anos, mas me lembro de adultos que não ligavam para uma de minhas raras traquinagens: peguei a caixa de maquiagem de outra tia, e passei de tudo no rosto; todos sorriram e voltaram a conversar com semblantes severos a respeito de mudanças na política que só vim a compreender quase uma década mais tarde.

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Um pouco além da literatura “feminina”

Há duas semanas saiu o resultado do Prêmio Sesc de Literatura 2017, vencido por José de Almeida Júnior, entre 980 concorrentes na categoria Romance, e João Meirelles Filho, o primeiro dos 813 inscritos na categoria Contos. Um João e um José, dois nomes tão representantivos de nosso povo, ambos filhos, nos nomes que homenageiam os pais. Outros homens.

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