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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

O direito às paixões: dos amores clandestinos à liberdade

“Ele é casado. Eu sou a outra que o mundo difama, que a vida ingrata maltrata e me cobre de lama”. Os versos do samba-canção de Ricardo Galeno, interpretados por Carmem Costa, nos anos 1950, tocaram as almas brasileiras. As teúdas e manteúdas desestabilizavam lares, destroçavam famílias e arruinavam homens decentes – no âmbito do imaginário popular. No mundo real, concubinas, amásias, companheiras são figuras quase inerentes à instituição do casamento, servindo até para estabilizar muitos matrimônios, afirma a historiadora canadense Elizabeth Abott em Amantes – Uma história da outra (Record, R$ 59,90).

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Qual mulher você quer ler?

Passou o dia das Mulheres e vieram aquelas eternas chamadas: precisamos ler mais escritoras. E sempre as mesmas: Clarice, Virgínia Woolf, Anais Nin, Marguerith Duras, Jane Austen duas ou três ganhadoras de Nobel que ninguém alem dos editores de cadernos literários leram, Raquel de Queirós e, para as mais ecléticas, P.D. James, Patrícia Hightsmith, Ruth Rendell – essas ecléticas são as que se aventuram na literatura policiail. 

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O utilitarismo clássico e o adeus a Umberto Eco

Poucos dias depois da morte de Umberto Eco, o italiano Nuccio Ordine esteve no Brasil para lançar A utilidade do inútil – um manifesto (Zahar, R$ 39,90), best-seller na Europa. Amigos há mais de vinte anos, Eco e Ordine fundaram juntos uma editora para publicar obras clássicas e não-comerciais, sem obedecer as tendências do mercado editorial. A cultura consumista, alerta Ordine no contundente libelo contra a desvalorização da arte e da filosofia no mundo contemporâneo, arruinou a solidariedade e a ética nas relações entre as pessoas, ressaltando o abismo sócio-econômico-cultural. 

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Um Oscar para o leitor

Já houve época em que Hollywood criava suas próprias histórias.  Roteiristas vendiam ideias para a indústria e daí saíam alguns filmes. Por isso mesmo o famigerado Comitê contra Atividades Antiamericanas jogou seu foco repressor sobre Hollywood, o principal disseminador da cultura dos EUA. Entre as vítimas estava o ganhador de dois Oscar, o escritor Dalton Trumbo, comunista de carteirinha, que garantiu sua própria sobrevivência e a de outros roteiristas perseguidos politicamente, trabalhando sob pseudônimos.

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As cinderelas de sempre

A chick-lit - ou literatura “mulherzinha” – foi o único gênero literário que teve seu apogeu na estreia, quando Helen Fielding lançou O diário de Bridget Jones, falando das agruras de uma jovem solteirona londrina, lançando o termo “singleton”, que só durou até o livro seguinte, não tão bem-sucedido quanto o primeiro, mas, ainda assim, interessante. Surgiram multidões de autoras de histórias divertidas sobre mulheres sofisticadas, passadas dos 30, à procura de um Mr. Darcy pra chamar de seu. Nenhuma, com talvez a honrosa exceção da irlandesa Marian Keyes (autora de Melancia, Sushi), conseguiu alcançar o nível de ironia e comicidade de Fielding.

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