A crise econômica incentiva um Natal de baixo consumo e presentes cujo valor intrínseco seja maior do que o gasto para adquiri-los - como, claro, livros!!! A listinha de sugestões deste ano de recessão alimenta corações e mentes e dispensa a declaração constrangida de que "É só uma lembrancinha". Vamos a ela!
A diversidade de gêneros musicais existentes no Brasil é quem faz da nossa música a melhor do mundo. Dito isto, por favor, venham comigo, leitorores: o samba carioca nasceu na Bahia; bem como o frevo baiano nasceu em Pernambuco; os temas musicais existentes nas áreas interioranas, embora sigam florescendo, são pouco conhecidos por grande parte de nossa gente (eu inclusive); a riqueza do cancioneiro das áreas ditas caipiras ou sertanejas se manifesta através de uma música tão popular que identifica e representa todo o povo do interior brasileiro.
A vilania impera em Última Hora (Record, R$ 44,90), de José Almeida Júnior que venceu o prêmio Sesc 2017 na categoria romance. A falta de caráter é a mola propulsora de uma trama que mistura personagens reais com fictícios para falar de um tema atualíssimo: a manipulação da informação por motivos políticos. De um lado está o ex-ditador Getulio Vargas, que financia a criação do jornal Ultima Hora, de Samuel Wainer, para ser a voz de apoio ao governo, violentamente criticado por toda a imprensa. Do outro, o jornalista e deputado Carlos Lacerda, o vilão deste thriller, à frente da oposição a Vargas, mas apenas uma das figuras capazes de qualquer torpeza para satisfazer seus interesses.
No álbum de 2015 A Volta de Alice, do pianista, compositor e arranjador Tomás Improta, um admirável grupo de instrumentistas interpretava o repertório cheio de atonalidades e inversões harmônicas que tangenciavam a música concreta, sem todavia perder a contemporaneidade pop e a tradição rítmica da diversidade da música brasileira. Bem diferente é o seu décimo CD, o recém-lançado Olha pro Céu. Neste, Tomás, um experimentalista de alma e ouvidos abertos, fez com que os protagonistas fossem apenas ele e o piano.
Faz quase 200 anos que os jornais franceses inventaram a fidelização do público oferecendo entretenimento puro e simples. Em 1836 surgia o folhetim, uma narrativa que se infiltrava na cabeça do leitor e garantia a vendagem das publicações. Terminada a série, os capítulos eram reunidos em volumes, colecionados avidamente pelos admiradores daquelas aventuras. Com Os três mosqueteiros, Alexandre Dumas sacramentou o spin-off. O sucesso das aventuras de D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis foi tamanho que rendeu duas extensas sequências – Vinte Anos Depois (Zahar, R$ 129,90), novo título da Coleção Clássicos Zahar, e o Visconde de Brangelonne.
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