Radiante, criadora de atmosferas por aonde quer que voe sua luminosidade, Mart’nália, a cria de Martinho da Vila e Anália, está na área com Menino do Rio (Quitanda, selo que Maria Bethânia criou e dirige sob a proteção da estrutura da Biscoito Fino). Este é um álbum radiante, que traz à luz o seu DNA mais que comprovado, posto que é visível e audível, a olhos e ouvidos nus.

Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral criaram um musical extremamente bem-sucedido. Após ouvirem aproximadamente 1400 marchinhas, eles selecionaram algumas das mais saborosas. Pronto! Estava dado o pontapé inicial para a criação de um espetáculo que estreou no Rio e que já esteve em São Paulo. Sucesso absoluto!

Eu jogava botão no corredor e nem queria tomar conhecimento do que se passava no resto da casa. O jogo era decisivo, Bahia e Vitória, um clássico com estádio lotado e todas as emissoras de rádio cobrindo a partida. Eu era o locutor de todas elas, comandando os jogadores com os meus dedos, não poderia mesmo me distrair com nada.

Filho de João Nogueira, não à toa Diogo tem o dom da música na garganta. Desde menino, sentiu na pele o balançar que vem do pandeiro. Ainda no colo, seu coração acelerou ao som do surdo de marcação. Do ronco da cuíca sacou o chamado. O repique de mão acelerou seu destino. Pelas andanças em quintais e terreiros, em meio às rodas e aos pagodes, fez-se de samba o Diogo.

Rolava o ano de 1995 quando Sérgio Veloso, de apelido Siba, vindo do Recife junto com seus cinco companheiros de Mestre Ambrósio, ajuntou as tralhas e chegou a São Paulo. Eles trouxeram no matulão um CD gravado lá mesmo, no estúdio do Conservatório Pernambucano de Música, e produzido por Lenine, Marcos Suzano e Denílson.