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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

Rivânia e os livros

Uma enchente arrasa uma cidadezinha na Zona da Mata pernambucana. Ao deixar a casa inundada, uma menina de 8 anos, Rivânia, faz sua trouxinha com livros. A avó recomendou que carregasse o que tinha de mais precioso. Rivânia pegou os livros, talvez sem entender o que seria valioso para a sobrevivência. Roupas, remédios, sapatos são essenciais. Mas para a criança, nos livros está o sonho.

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Trapaças, mitos e negócios milionários

A malandragem tem nuances e traz benefícios à humanidade. Não, a afirmação não é um sofisma, mas uma síntese bastante frágil do tema de A astúcia cria o mundo – Trickster: trapaça, mito e arte (Civilização Brasileira, RS  94,90), de Lewis Hyde. O subtítulo é autoexplicativo para quem tem noção do que seja a figura do trickster, um personagem irreverente e desafiador da moral e dos bons costumes, presente na literatura, na lenda e na vida real. Ele está nos deuses Loki (nórdico) e Hermes (grego, protetor dos viajantes, dos médicos e dos ladrões), em Exu e também no Rei Macaco da China. E em artistas, entre eles Pablo Picasso, Marcel Duchamp, Allen Ginsberg e John Cage.

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Em busca da novidade

Com o país sob efeito de um vendaval de denúncias contra a classe política e o empresariado, a leitura do noticiário é suficiente para qualquer um lastimar a situação a que o Brasil chegou. Ou a que é revelada, gradativamente, por envolvidos em falcatruas que roubam da Nação suas riquezas, do povo seus direitos básicos a uma vida decente. Entre os direitos arrancados de nossa população estão a educação, o acesso ao conhecimento científico, a promoção à produção cultural. Fora o conforto que a tecnologia ofereceria a tantos, haveria a fruição da felicidade pela apreciação da existência através da arte.

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Duas divas

Nunca assisti a um só programa apresentado por Hebe Camargo. Sempre a achei exagerada – no uso de joias extravagantes, roupas exuberantes compondo a figura de “perua” televisiva. E a ligava politicamente ao malufismo, o que, nos anos 1980, tinha a conotação de envolvimento com falcatruas. As poucas entrevistas que vi com ela, no entanto, me levaram a simpatizar com aquela mulher sorridente, de idade madura e indefinida, esbanjando carisma e simpatia. Eu não sabia que, mesmo sem ser parte de seu público cativo, sofrera uma “hebenização”.

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Bom policial, mau policial

Se as ações de policiais no mundo real nem sempre são admiráveis ou sequer respeitam a lei pela qual eles deveriam zelar, na literatura, geralmente, esses personagens se apresentam como respeitáveis representantes do Estado. Alguns, brilhantes, outros meros coadjuvantes de investigadores particulares geniais, entre eles Hercule Poirot e Sherlock Holmes. Ou, nos romances contemporâneos, burocratas sem grande imaginação, que investigam casos cuja solução será descoberta por suspeitos ou pelas vítimas do crime.

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