Viola caipira, viola sertaneja, viola de dez cordas, viola cabocla, viola de arame, viola de folia, viola nordestina, viola de repente, viola brasileira são alguns dos nomes que encontramos para designar este instrumento que, aos poucos, tornou-se um dos porta-vozes do Brasil Interior. (...) Apesar de todos estes atributos tão nossos (...) a viola é na verdade um instrumento de origem portuguesa (...) (Paulo Freire)
Mais difícil do que largar um livro bom é saber que esse momento há de chegar – o da separação daquele enlevo, daqueles personagens, daquelas histórias. Mais duro ainda é quando o leitor submerge numa coletânea de contos – aquelas breves histórias de leitura rápida, mas nem por isso pouco densa. Os contos são como paixões fugazes, aquelas que enfeitiçam e abandonam os enamorados, deixando marcas na história de cada um.
Trinta e uma e a hiena Contam e dão conta de que havia trinta homens e uma mulher (moça? menina?). A polícia, o padre, o poste e o paradoxo confirmaram, outros negaram, câmeras filmaram na manhã escura que amortecia a noite na Zona Oeste de uma cidade no faroeste das pragas. Trinta homens contra uma mulher, sobre uma moça, dentro de uma menina. O pranto da manhã jorrando no espelho e nos hematomas que saltavam das páginas do jornal. Os reflexos do baile, o coro "rasga os sonhos, rasga ela, rasga o coração" que descia do bater de asas dos urubus misturando-se à carniça, as cobras no cio, formigas dançando no ventre. Dizem que provocou, que mereceu, que se desgraçou a desgraçada e nem sentiu dor. Dizem tanto que turvam a nuvem que o espasmo mandou para lavar o colchão. Mas como traduzir diante das culpas, dos guinchos e relinchos, o sorriso arrogante daquela hiena?
Capitaneada pelo flautista, saxofonista e arranjador David Ganc, só agora vem a público uma parte incomum (pelo inesperado de revelar peças pouco conhecidas) do repertório de câmara composto por um instrumentista popular, Nivaldo Ornelas – ele também um saxofonista, flautista e arranjador.
Pegue uma tese, desenvolva um projeto, junte algumas pitadas autobiográficas e mais informações sobre pessoas interessantes, artistas, formadores de opinião, gente relevante para a humanidade ou alguém que influenciou seu próprio círculo. Reúna os ingredientes, sacuda e... está pronto mais um livro confessional-motivacional que, por seu conteúdo informativo, pode ser muito mais do que literatura de entretenimento fácil. Afinal, nem sempre o que é importante necessita de uma linguagem erudita/acadêmica, que muitas vezes confunde mais do que explica.
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