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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

Os miseráveis

Sofrimento, compreensão, redenção e felicidade eterna. Encadeando situações com tais elementos, a literatura ocidental vem colecionando sucessos desde a Antiguidade. Hoje, esta fórmula é seguida como enredo para filmes, depoimentos em programas “femininos”, palestras motivacionais, romances ou livros de autoajuda, geralmente com cunho autobiográfico, comovendo leitores com seus exemplos de superação. A crítica torce o nariz, o público – principalmente o britânico – adora: o mis-lit (de misery literature) foi um dos gêneros que mais cresceu em vendas no mercado editorial do Reino Unido nos anos 2000.

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Livros de viagem

O que levar para uma ilha deserta era pergunta obrigatória em entrevistas de televisão ou de jornais que pretendiam traçar o perfil de celebridades, uns 30 anos atrás. Além de repelente de mosquito, violões, pandeiros, protetor solar e barraca de praia, vez por outra, algum entrevistado falava em livros, no plural, sem especificar quantidade.

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A eternidade folhetinesca

A paixão brasileira por telenovelas pode não contagiar qualquer telespectador, mas intriga e inspira os especialistas em comunicação e quem observa a vida no país. Em How to be a carioca: the alternative guide to a tourist in Rio (Editora Twocan, R$ 40), a norte-americana Priscilla Goslin salientava o hábito nacional de discutir e assistir à “novela das 8”. Era 1991, e o horário da principal telenovela avançou diversos minutos, enquanto o interesse das elites por elas decrescia, principalmente depois da entrada da TV paga no Brasil. A temática, no entanto, pouco mudou, como atestava a jornalista Cristiane Costa em Eu compro essa mulher – Romance e consumo nas telenovelas brasileiras e mexicanas (Zahar, diferentes preços em sebos; está fora de catálogo), lançado em 2000, e em publicações posteriores, entre elas O Brasil Antenado – A sociedade da Novela (Zahar, R$ 10 ), de Esther Hamburger, publicado em 2005.

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Um sujeito bacana

Nezim era um sujeito bacana. Muito bacana.Às vezes tomava umas canas (e quem não toma?), falava algumas bobagens (e quem não fala?), comprava fiado e esquecia-se de pagar (também, onde já se viu vender fiado a Nezim?). Nada que pudesse manchar a boa pecha que sempre o acompanhou. Era bacana, continuava bacana e ponto.

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As paixões e seus incômodos

O leitor encontra um livro apaixonante, descobre um autor, lê tudo o que ele já produziu na vida, sentindo-se cada vez mais inebriado por aquela torrente de palavras, imagens, sentidos que a vida toma a cada página avançada. E aí chega aquele momento em que se depara com uma obra menor do escritor. Respira fundo, muda toda sua visão sobre ele ou confirma que os livros X, Y, Z são geniais e o K ou W não passam de exercícios sobre o mesmo tema?

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