A pianista Maria Teresa Madeira nos chega com um trabalho de fôlego impressionante, Ernesto Nazareth – Integral por Maria Teresa Madeira (independente). Gravados ao longo de dois anos, com direção musical da própria Maria Teresa e de seu marido Márcio Dorneles (ele que foi técnico de gravação, da mixagem e da masterização), os doze CDs vêm numa bela caixa.
Começam os Jogos Olímpicos no Rio, prontos a invadir nossos corações e mentes. Quem tiver férias, poderá acompanhar as disputas e descansar delas, lendo um pouquinho. Ler não é prática coletiva, não lota estádios. Gera empolgação discreta, solitária, pouco dividida, restrita à alma de cada um. O entusiasmo é genuíno, inebriante como o que empolga as multidões, mas reservado apenas aos que reconhecem e trocam olhares cúmplices ao comentarem suas leituras.
Desde que lançaram Dois Tempos de Um Lugar (independente), produzido por Swami Jr. e Tó Brandileoni, tenho nítidas em meus ouvidos as músicas do cuiabano Paulo Monarco e da paulistana Dandara. Mulher e homem juntos pelo prazer da criação. Frutos de uma geração que cria música de qualidade, que escreve letras com temáticas inusuais, eles estão aptos a terem suas carreiras louvadas.
Deixar de lado o registro da vida real e criar personagens que parecem saídos do noticiário, fazendo arte, aparentemente sem qualquer cerimônia com a literatura. Passar dos registros do cotidiano para a criação ficcional é prática comum a jornalistas do mundo inteiro, com excelentes resultados. Alguns deles acabam de despejar nas livrarias pequenas delícias, como Edney Silvestre (ganhador dos prêmios Jabuti e São Paulo de melhor romance em 2010), que em Welcome to Copacabana & outras histórias (Record, R$ 39,90), seu primeiro livro de contos, apresenta personagens calcados em gente comum, que transitam pelo mundo – e por outras galáxias, até – à procura de alento para a dura sobrevivência. Estão lá a viúva forçada pelos filhos a abrir mão de seu apartamento amplo para viver num pequeno imóvel em Copacabana, o menino de rua que tem o poder de curar os feridos apenas com seu toque, a cafetina, as drag queens, as prostitutas, os garotos de programa. Um universo em que as diferenças sociais nem sempre são fronteiras intransponíveis para as amizades que se fortalecem diante das adversidades.
O paulistano Toninho Ferragutti lançou A gata Café (Borandá), seu décimo álbum. Compositor, arranjador e um de nossos maiores acordeonistas, ele e seu instrumento se juntaram a outros quatro músicos para criar o Toninho Ferragutti Quinteto: Cássio Ferreira (sax), Vinícius Gomes (guitarra e violão), Thiago do Espirito Santos (baixo) e Cléber Almeida (bateria).
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