Apenas um cello dá inicio ao rito. Nas mãos de Federico Puppi, lá vai ele semeando caminhos. Eis que chega uma voz quase frágil de tão delicada. Eis a cantora, compositora e violonista Barbara Rodrix. Eis “Eu Mesmo” (Paulo Novaes), a música que abre a tampa do CD independente de mesmo nome, que tem produção musical do compositor e pianista Breno Ruiz.
Entra dezembro acompanhado pela angústia para escolher presentes que serão trocados/distribuídos em festas múltiplas. Tem a do trabalho, a da família, a do pessoal de casa, da turma da praia, do grupo de pais do colégio, dos amigos do boteco... Haja amigo oculto e imaginação para encontrar algo que agrade seu sogro que não lê nada, mas adora um livro sobre Segunda Guerra Mundial, a mãe que só entra na cozinha, bufando, na véspera da Ceia de Natal, a amiga que adora blogs de bobagens, românticos de qualquer idade. Para cada um deles, há um livro. É só ter paciência e conferir.
Uma piada antiga diz que apenas cinco reis sobreviverão à extinção da monarquia no mundo inteiro: os de Copas, Espadas, Paus, Ouros e o da Inglaterra. O fascínio que a monarquia britânica exerce ainda hoje, mesmo após o advento das celebridades com quinze minutos de fama, garante o turismo nas Ilhas, afirmam os estudiosos do setor no Reino Unido. Uma tese a ser corroborada pelo sucesso da série televisiva The Crown, sobre a ascensão ao poder da rainha Elizabeth II, há mais de 60 décadas no posto, que aparentemente não pretende largar apesar da idade avançada.
Vou começar contando um dos segredos que trago guardado. Ele diz respeito à minha atividade (já ia escrevendo “recente”, quando me veio à cabeça que lá se vão bem uns quinze anos em que comento CDs. Entretanto, comparando os quase quinze de escrita com os cinquenta de MPB4, não seria balela dizer “atividade recente”. Bem, mas isso não vem ao caso).
Quando Bob Dylan foi anunciado como ganhador do Nobel de Literatura deste ano por sua contribuição para a música popular norte-americana, muito se lembrou da importância do inglês David Bowie para o panorama cultural mundial e nas canções dolentes, com letras elaboradas, do canadense Leonard Cohen. Bowie já havia morrido, Cohen ainda estava vivo. Ao partir do planeta há uma semana, ele foi apontado como grande influência para a boa parte dos músicos do cenário internacional contemporâneo. Entre seus admiradores confessos está o próprio Bob Dylan, cuja obra Cohen sempre exaltou, comparando o Nobel concedido ao amigo como a “premiação de um Everest” da cultura.
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