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Luís Pimentel
Jornalista e escritor. Além de trabalhar na revista “Mad do Brasil” e em jornais como “O Pasquim”, “O Dia” e “Última Hora”, o baiano Luís Pimentel é autor de livros dedicados aos públicos adulto e infantil e das biografias de Wilson Batista e Luiz Gonzaga. É o criador da revista digital “Música Brasileira”. Colaborou na versão impressa a partir do nº 2 e continua a colaborar no site.

Deslumbre

Era uma noite entrando no dia que nem a lagarta de fogo nas folhas, devoradora.As irmãs chegaram das lojas no comércio onde trabalhavam e ligaram o rádio no programa Ronda Policial. Os irmãos chegaram do batente no bar onde cozinhavam, lavavam e serviam. Ficaram olhando para o tempo, um assoviando pro passarinho e outro coçando a cabeça do cachorro, enquanto as irmãs coavam café e faziam beiju de tapioca para elas e o irmão pequeno. Os maiores sempre comiam umas besteiras qualquer no trabalho, sobras do balcão, por isso já chegavam correndo para o banho.

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A vida debaixo do véu

Livros sobre a opressão imposta às mulheres pelo fundamentalismo muçulmano não faltam. 

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Uma pilha de tsundokus

Esta semana eu maquiei meu quarto. Maquiagem mesmo. Experimentei uma nova tinta na parede, para ver se gostaria do tom e, principalmente, fiz sumir as pilhas de livros por tudo quanto é canto do recinto. Saí guardando os tsundokus (em japonês, livros folheados, que se empilham, à espera de leitura)  em seus destinos finais. Guardando é modo de dizer, fui deitando alguns sobre outros que já estavam acomodados nas prateleiras corretas. Três dias depois, percebo que uma nova colina de volumes já começa se formar sobre a torre do computador. Fora esses, há a prova de um livro que ainda não chegou às livrarias, mas será a base de um texto para a editora distribuir à imprensa – voltei à vida de autônoma nas últimas semanas – e o divertidíssimo Não sou uma dessas (Intrínseca, R$  29,90), de Lena Dunham, que tento recomeçar, mas que já passou por duas jovens leitoras, que o arrebataram de mim. Dos demais, ainda em fase de folheada, falo aqui hoje.

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Mulheres fatais e a musicalidade literária

Todo mundo conhece – mais de ouvir falar do que pessoalmente – uma mulher fatal, aquela que enfeitiça os homens e acaba levando seus admiradores a finais trágicos. A cigana Carmem, imortalizada na novela de Prosper Mérimée, representa, essencialmente, essa mulher perigosa, que preza a liberdade antes de tudo e vive a inconstância das paixões, sem respeito ou consideração por quem a ama. Mas a história de Carmem e de Don José não pode ser compreendida pelo ponto de vista  contemporâneo, pronto a apontar misoginia na narrativa.

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O difícil adeus aos gênios

Orson Welles não foi o maior gênio do cinema, porque antes dele houve Chaplin e depois Hitchcock. Os três se tornaram referências na história da arte, em geral. A apropriação desses criadores como personagens é corriqueira, em filmes. Neste maio,  Welles completaria 100 anos de nascido. Celebrado como inovador pela ousadia estética em fotografia, edição, montagem e narrativa apresentados em Cidadão Kane, que dirigiu com apenas 25 anos, ele já havia aterrorizado os Estados Unidos, com sua dramatização, por cadeia de rádio, do clássico A Guerra dos Mundos, de H.G.Wells. A transmissão foi interrompida depois que milhares de pessoas em pânico, correram às ruas, temendo a invasão de alienígenas em Nova Jersey. 

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