Jovem e promissor intérprete, autor de boas músicas, Cacau lançou um CD que revela a cara da mais cativante música nordestina. O álbum, que tem na capa pura e simplesmente o seu nome, tem de toda batida um pouco.
O violão de aço se junta ao de náilon e os dois, dedilhando acordes, aguardam Rubi perguntar cantando os versos de “De Onde Vem a Calma” (Marcelo Camelo): “De onde vem a calma daquele cara?” Pronto! Começou Paisagem Humana (independente, com apoio da Petrobras), álbum que em tudo resplandece simplicidade. Nele, tudo é perfeita sincronia entre a musica brasileira contemporânea e a poética do mundo, e lá todas se ajeitam e se aninham. “Minha pátria é minha língua.” Nossa sorte é não ouvir nada à meia-língua nos sons do Brasil. Língua/música inteira e bela, inculta e tagarela.
Partindo de grande sacada de que a musica está presente e Mario de Andrade a dá de mão beijada em cada frase de seu livro Macunaíma: o Herói sem Nenhum Caráter, Iara Rennó foi à luta. Dela resultou um CD extraordinariamente musical, profundo e intensamente brasileiro.
O Maravilhoso Mundo Musical de Nelson Angelo – Tempos Diferentes (Dubas) é o CD que relança algumas gravações deste mineiro compositor, violonista, arranjador e pianista. Do repertório de onze músicas, três foram extraídas do CD Violão e Outras Coisas (1988); três de A Vida Leva (1994); duas de Pirueta (1996); uma de Cateretê (2000); além de duas inéditas gravadas especialmente para este definitivo álbum recém lançado.
Wilson Simonal nunca foi um dedo-duro. Simonal foi um artista com talento majestoso, só comparável, infelizmente, e no sentido inverso, à sua pernosticidade. Dono de uma voz privilegiada, que seu senso rítmico só fazia acentuar, o cantor que levava ao delírio multidões no Teatro Record ou no Maracanãzinho, não era propriamente uma pessoa politizada. Um de seus bordões: “Que tranqüilidade!”, deixava claro que seu negócio era cantar e se divertir com o dinheiro que entrava a rodo e lhe proporcionava uma vida de aprazibilidades. Simonal levava seus fãs e a sua carreira de showman “No gogó” e comandava as massas enlouquecidas ao som da “Pilantragem”, expressões que definiam seu estilo de ser, desde roupas ao repertório; de amizades ao destampatório verbal.
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