“Só o que resiste ao tempo, evoluindo, pode ter uma concepção duradoura e ao mesmo tempo moderna. Assim é o choro”. (Sérgio Prata, músico e compositor, fundador do grupo Sarau e diretor do Instituto Jacob do Bandolim). O choro ou chorinho nasceu da mistura de elementos das danças de salão europeias (como o schottisch, a valsa, o minueto e, especialmente, a polca) e da música popular portuguesa, com influências da música africana. De início, era apenas uma maneira mais emotiva, chorosa, de interpretar uma melodia – cujos praticantes eram chamados de chorões.
Em 2050, o número de idosos deverá superar o de crianças no planeta, pela primeira vez desde o início da existência da humanidade. Além de uma leva de novos profissionais, dedicados a cuidar e tratar dos idosos, a sociedade terá que se adaptar aos velhos, atualmente ainda vistos – com exceções notáveis dos que têm saúde mental intocada e poucos problemas físicos – como indesejáveis. Receber este cidadão que constrange os mais jovens é do que tratam muitos títulos, procurando desmistificar a velhice e derrubar os estigmas que cercam os longevos.
Escrito lá se vão bem uns noves anos, titulado "Independente! Mas dependente de quem o ouça", o primeiro parágrafo do meu comentário sobre Eu Sou Assim, álbum de Sidney Mattos, vem transcrito aqui: "Hoje vou comentar o CD Eu Sou Assim, de Sidney Mattos. Talvez você nunca tenha ouvido falar dele, leitor. Pior: talvez nunca venha a escutá-lo. Assim funciona o mercado da música brasileira. Assim é a batalha de centenas de bons produtos que tentam chegar aos ouvidos de quem poderia dar importância a eles".
“Era a década de 1950, e a música estava vivendo uma fase de ´curtição do baixo-astral´. As músicas eram muito bonitas, mas muito pesadas. Era sofrimento demais para alguém que não tinha nem dezoito anos (...) Então, resolvemos tentar criar uma coisa que tivesse mais a ver com tudo aquilo que a gente vivia: o mar, a praia, a beleza do Rio de Janeiro, os nossos sonhos e planos para uma vida que estava apenas começando”. (Roberto Menescal, no livro Essa tal de bossa nova, Ed. Prumo, 2012)
Completo este ano cinco décadas de leituras por conta própria. Fui alfabetizada aos 5 anos, o que liberou a tarefa diária de minha mãe de ler para mim as tirinhas em quadrinhos dos jornais. Eu acompanhava avidamente as aventuras de Flash Gordon, Mandrake, do Príncipe Valente e de Rex Morgan, um médico, além de Brucutu, Ferdinando, de Al Capp, e o Fantasma. Todos protagonistas masculinos, com “noivas” que jamais conseguiam arrastá-los até o altar, exceto se fizessem como Daisy Mae, a namorada de Ferdinando, que consegue laçá-lo no “Dia da Maria Cebola”, quando as solteironas correm atrás de seus pares, que, se alcançados, são obrigados a se casar. Diana Palmer acabou deixando seu trabalho na ONU para viver com o Fantasma nas selvas africanas, assim como Aleta, que abandona as Ilhas Misteriosas, onde é rainha, para acompanhar o Príncipe Valente em diversas aventuras.
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