Dentre as intérpretes que povoam a atualidade musical, algumas são ainda mais especiais do que outras. Umas são excelentes, algumas são ótimas, outras, muito boas. Digo isso para que não se tenha a idéia errada de que todas estão no mesmo nível, de que todas se parecem, de que todas têm as mesmas qualidades. Não é bem assim.

Pra Começo de Conversa (independente) é o CD que apresenta o violonista Marcos Alves como compositor. Integrante do quarteto de violões Maogani, neste álbum ele dá prova inequívoca de que seu talento de autor está à altura daquilo que realiza como violonista.

Essa crônica é baseada em outra crônica, que vem a ser, por sua vez, inspirada em um livro. Não é um plágio, é antes uma declaração de encanto pelo tema desenvolvido pelo jornalista Gilberto Dimenstein, em texto publicado dia desses na Folha em que escreve. Mostra-nos a relação entre uma educadora, chamada Dagmar Garroux, e uma menina já mocinha, sem horizontes nem perspectivas, moradora de uma favela na Zona Sul de São Paulo.    

Ouvindo Vicente (Koala Records), o novo CD de Vicente Barreto, percebo um nó em minha garganta, e a sensação de estar diante de algo especial me emociona.

Para o bem da música brasileira, novos nomes continuam a despontar. E dentre eles, a presença feminina ainda é o grande destaque. É assim que novas cantoras, de praias as mais variadas, continuam em busca de um lugar na areia de onde vislumbram o sonho que as levará ao alto mar musical.