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Olga de Mello
Jornalista, carioca por nascimento e insistência, Olga de Mello considera cultura gênero de primeira necessidade. Consumidora voraz de vários generos literários, ela compartilha com os leitores do ACONTECE NA CIDADE as novidades do mercado editorial.

Fragmentos de vidas ficcionais

Deixar de lado o registro da vida real e criar personagens que parecem saídos do noticiário, fazendo arte, aparentemente sem qualquer cerimônia com a literatura.  Passar dos registros do cotidiano para a criação ficcional é prática comum a jornalistas do mundo inteiro, com excelentes resultados. Alguns deles acabam de despejar nas livrarias pequenas delícias, como Edney Silvestre (ganhador dos prêmios Jabuti e São Paulo de melhor romance em 2010), que em Welcome to Copacabana & outras histórias (Record, R$ 39,90), seu primeiro livro de contos, apresenta personagens calcados em gente comum, que transitam pelo mundo – e por outras galáxias, até – à procura de alento para a dura sobrevivência. Estão lá a viúva forçada pelos filhos a abrir mão de seu apartamento amplo para viver num pequeno imóvel em Copacabana, o menino de rua que tem o poder de curar os feridos apenas com seu toque, a cafetina, as drag queens, as prostitutas, os garotos de programa. Um universo em que as diferenças sociais nem sempre são fronteiras intransponíveis para as amizades que se fortalecem diante das adversidades.

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Um retrato da musicalidade brasileira

O paulistano Toninho Ferragutti lançou A gata Café (Borandá), seu décimo álbum. Compositor, arranjador e um de nossos maiores acordeonistas, ele e seu instrumento se juntaram a outros quatro músicos para criar o Toninho Ferragutti Quinteto: Cássio Ferreira (sax), Vinícius Gomes (guitarra e violão), Thiago do Espirito Santos (baixo) e Cléber Almeida (bateria).

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Os tesouros e a juventude

Os dias frios deste julho me lembram as férias da minha infância, quando eu, filha única criada em apartamento, sem televisão (meus pais eram contra), vasculhava os (poucos) volumes da Coleção Terramarear, da Companhia Editora Nacional. Cobertas de fungos (o papel era de baixa qualidade e os livros – muitos deles traduzidos por Monteiro Lobato, dono da editora - tinham algo em torno de quarenta anos, então),  as páginas traziam aventuras de Tarzan, Buffalo Bill e diversas histórias de Jack London, entre elas A filha das neves e Chamado Selvagem, que comecei a ler a contragosto e, depois, fiquei totalmente arrebatada pelo cão narrador.

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Falando de música: Baião

A história do baião, esse ritmo genuinamente brasileiro, surgido na espontaneidade dos arrasta-pés dançantes em festas do Nordeste – especialmente nas noites juninas – começa com a popularização de instrumentos musicais como a sanfona, a zabumba e o triângulo. Ganha ressonância nacional quando desponta, em meados dos anos 1940, o instrumentista, cantor e compositor Luiz Gonzaga, reconhecido como o mais significativo representante do gênero. Quando Luiz deixa o seu Pernambuco para conquistar toda a região e em seguida o Rio de Janeiro, o baião vai com ele. Para os programas de rádio, os estúdios de gravação e o gosto popular.

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A força das palavras

De Zeca Baleiro guardo momentos de raras liberdades musicais, instrumentais, harmônicas e melódicas. Lambuzei-me de espanto ao ouvi-lo cantar Zé Ramalho em Chão de Giz – Zeca Baleiro canta Zé Ramalho; arregalei os olhos ao percebê-lo um “profanador” de convicções em Calma aí, Coração; sorri de orelha à orelha, ao vê-lo provar seu lado lúdico no infantil Zoró (Bichos esquisitos) Vol. 1.

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